terça-feira, 2 de outubro de 2007

À Propósito da Formação de Professores...

Olá colegas da didática

Compartilho com vocês o artigo abaixo trata sobre a formação de professores, fazendo uma retrospectiva sobre a história da educação brasileira e pode contribuir para a reflexão a respeito da formação dos educadores, visto que a preocupação com a formação apenas reprodutora já é antiga. O referido texto remete a seguinte indagação: "Como equilibrar uma formação atuante, criadora, motivadora sem cair num ‘fazer irrefletido?"


Como professor critico,
sou um “aventureiro” responsável,
predisposto à mudança,
à aceitação do diferente.

Paulo Freire


Historicamente falando, a formação do professor no Brasil parece enfrentar uma dificuldade constante. No período colonial e, posteriormente no período imperial, formar professores era tarefa a ser realizada fora dos limites do território nacional.

Com a República a situação não mudou muito: faculdades foram incorporadas e formavam as primeiras universidades brasileiras, porém longe de produzirem resultados inovadores apenas aglutinavam pensamentos discordantes debaixo da perspectiva do “universal”. O pensamento do ensino enciclopédico continuou a permear a formação reprodutora.

Nos anos 20 e 30, novas tendências educacionais permearam as expectativas dos pioneiros de uma educação nova. Entre as várias reivindicações desses pioneiros no Manifesto de 32, encontrava-se a condenação da formação enciclopédica sem profundidade.

Otaíza Romanelli em sua obra, História da Educação Brasileira (1994:133) já indicava que “a universidade brasileira vem perseguindo, desde a sua criação, apenas os objetivos ligados à formação profissional, salvo raríssimas exceções”. Isso também foi levado à pauta pelos pioneiros: a formação profissional era a principal tarefa da universidade existente. Tal formação, apontada como imbuída de um espírito enciclopédico, dava extensão – quantidade, porém não profundidade. Apesar das propostas dos pioneiros da educação nova incluir também a criação de faculdades, essa demorou a incorporar as mentalidades intelectuais.

A situação não mudou muito no período dos anos 50 e 60, salvo pequenas inovações introduzidas na formação de professores pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - Lei 4024/61. Passamos a ter uma perspectiva maior com a aprovação da nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei 9394/96.

Opiniões discordantes povoam os pensamentos e, necessariamente perpassam também pela formação. Formar, (de)formar ou (in)formar? Como equilibrar uma formação atuante, criadora, motivadora sem cair num ‘fazer irrefletido’?

Os autores nesse número da Revista de Pedagogia fazem uma incursão pela temática da formação de professores e dão subsídios para ampliar essa discussão.

Gilson Pôrto Jr
Comissão Executiva

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