segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Comentários ao livro Pedagogia do Oprimido de Paulo Freire

O saudoso Professor Paulo Freire, em Pedagogia da Autonomia revela muita simplicidade e sabedoria que formar é muito mais que treinar o educando no desempenho de destrezas, visto que para ele o respeito pelo ser humano é algo maior e que deve ser pautado durante toda a vida. Neste sentido, valoriza a formação ética do educando e ressalta a importância da responsabilidade ética dos professores e professoras no exercício da tarefa docente.

Fala da ética universal do ser humano que, segundo o autor, e afrontada na manifestação discriminatória de raça, de gênero, de classe, mas que deve ser vivenciada na prática docente.

Para o autor o papel do educador nesta tarefa tem uma dimensão social na formação humana, pois a tarefa docente do educador não é apenas ensinar os conteúdos, mas ensinar a pensar certo. Assim, demonstra a dimensão que tem a prática docente no processo de formação das pessoas, visto que nós somos seres inacabados e que o processo de construção do conhecimento se dá ao longo da vida.

Conforme Paulo Freire, “quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender” e que independente do educador ser um educador “bancário” ou “problematizador”, o educando deve manter a sua rebeldia, seu gosto pela curiosidade, deve arriscar-se em busca de uma força criadora do aprender que pode levá-lo além dos efeitos negativos do falso ensinar. .

O livro é realmente muito importante na formação dos educadores, principalmente quando o autor coloca é necessário respeitar a autonomia do ser educando, ter paciência, humildade, bom senso,o esperança é alegria no processo de construção do conhecimento. Portanto, é preciso conhecer a realidade do educando e aproveitar suas experiências para aprender com eles, e ainda, é necessário ter uma reflexão crítica sobre a prática docente.

Paulo Freire coloca que “ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção” posto que “ensinar exige a convicção de que a mudança é possível” e que poderá ocorrer por meio dos ensinamentos apreendidos pelos alunos..

Neste contexto é que a pedagogia da autonomia pode contribuir para a libertação do aluno no seu modo de pensar e de viver. Já a prática educativa deve ter “afetividade, alegria, capacidade cientifica, domínio técnico a serviço da mudança”.

Ressalta que como prática estritamente humana, jamais pode entender a educação como uma experiência fria, sem alma, em que os sentimentos, emoções, desejos e sonhos devessem ser reprimidos. Nem tampouco compreendeu “a pratica educativa como uma experiência que faltasse o rigor em que se gera a necessária disciplina intelectual”.

Desta forma é necessário ter autonomia educativa para que possa realmente ocorrer tanto o ensino quanto a aprendizagem e cabe ao Educador estimular os seus alunos na busca de novos conhecimentos.

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